O dia de Natal só existe porque
em Belém, há mais de dois mil anos, nasceu o Filho de Deus para nos salvar: “E
o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14). Portanto, nenhuma
comemoração nesse dia tem mais sentido do que sermos instrumentos de Jesus
Cristo – que continua vivo entre nós. Mas de que forma faremos isso?
Nesses dias, de um lado, somos
bombardeados pelas propagandas veiculadas na mídia (Rádio e TV), incitando a
população a ir às compras, conseguindo assim criar um espírito consumista,
lembrando que para muitos essa é uma época do ano oportuna para negócios. O
aspecto meramente comercial e econômico prevalece nas lojas de shopping nas
grandes cidades e em todas as vitrines, com as mais variadas ofertas e
possibilidades de compras. E assim algumas pessoas vão celebrando os seus
natais, enfatizando os aspectos exteriores e comerciais da festa, aproveitando
da data para a exacerbação das vaidades e do esbanjamento.
Porém, há uma outra maneira de se
celebrar o Natal, cuja preocupação é a de resgatar seu verdadeiro sentido. Faz
a diferença quem celebra o Natal colocando o espírito cristão, não se deixando
enganar, mas celebrando verdadeiramente o Natal com a certeza de que no coração
do Natal está Jesus. Celebremos o Natal, recordando o nascimento de Jesus, e
"Jesus não é uma tradição anual, não é um mito, não é uma fábula. Jesus é
parte verdadeira da nossa história humana. O sentido teológico da vinda de
Cristo não destrói por si só a moldura festiva e a poesia do natal, mas a
redimensiona e a coloca em seu justo contexto: Jesus que nasce é a Palavra de
Deus que se faz carne"(cf. Missal Dominical, pág. 80).
Sem dúvida, pela vontade Divina,
uma boa maneira de vivenciarmos o espírito do Natal será através da caridade.
Não podemos nos esquecer que o Menino Jesus nasceu de uma família pobre e numa
manjedoura!
Como cristãos, outra opção que
teremos na semana do dia 25 será visitar os doentes, as crianças abandonadas,
os idosos carentes ou os encarcerados, e prestar solidariedade natalina a eles:
falando da Família de Nazaré, pregando o
Evangelho, levando presentes, fazendo orações etc. Isso pode parecer difícil ou
quase impossível pra muita gente, mas se fosse um parente nosso que estivesse
vivendo alguma dessas situações, provavelmente não estaríamos lá também? É
preciso lembrar que o próprio Cristo está presente em cada irmão que sofre as
injustiças sociais do nosso país e, ajudando a eles, será a Deus que estaremos
servindo!
Celebremos o Natal percebendo-o
como um tempo de aprofundar, contemplar e assimilar o Mistério da Encarnação do
Filho de Deus; como tempo de reconciliação, quando devemos afastar de nós o
ódio, o rancor, o ressentimento e a inveja; tempo de recuperar os princípios da
vida cristã, refletindo o verdadeiro significado do natal, sempre muito
evocado, porém pouco meditado; tempo de compreender que Deus armou sua tenda
entre nós; o céu desceu à terra. Por amor do Pai fomos contemplados com o maior
presente: Jesus na gruta de Belém.
Natal é tempo de chegar até os
irmãos e irmãs, amigos e amigas, para simplesmente dizer-lhes, tendo Cristo no
coração: Feliz Natal!
E mesmo que você aceite algumas dessas
sugestões para comemorar o nascimento do Menino Jesus, não se esqueça também
de, ao menos, telefonar para os amigos e lhes desejar um santo Natal com
Cristo. Isso talvez seja mais importante do que um simples cartão de boas
festas. Quem sabe, durante a conversa, você não terá oportunidades de contar
sobre a sua boa ação da semana e lhes sugerir que façam o mesmo? Se o fizer, o
Espírito Santo estará ao seu lado lhe ajudando.
Experimente!